terça-feira, 4 de outubro de 2011

A caminho da pré-história

     A 'Era Lula' consolida, a cada dia, sua influência determinante na mediocrização da política brasileira, apontando para um futuro sombrio. O que nunca foi bom, ficou extremamente pior. Os cacarecos virtuais - depositários da indignação e da descrença dos eleitores em tempos passados - transmudaram-se em tiriricas reais, espelhados na mediocridade do guru das 'esquerdas' nacionais, seja lá o que isso for.
     Além de um Congresso desmoralizado pela presença de representantes do que há de pior na nossa história - 'coronéis' nordestinos e 'sargentos' de todas as regiões; corruptos de carteirinha; demagogos de todas as raças e credos -, temos um Judiciário dividido, constestado e indefinido e executivos deploráveis (o que é o governo do Rio Grande do Sul, por exemplo?).
     Não é de se espantar, portanto, que já surjam ameaças terríveis às próximas eleições. Já nem falo nas Câmaras Municipais. Vou me ater ao surgimento de algumas novas 'lideranças' que pretendem disputar as nossas prefeituras.
     Em São Paulo, desponta mais uma vez o nome do cantor Netinho, aquele moço de sorriso largo e mão pesada. Em Curitiba - nos conta a Veja -, um risco começa a tomar forma: Ratinho Júnior. É isso mesmo, o filho do Ratinho pai, aquele apresentador de televisão sem concorrente no que se refere ao baixo nível, à mais absoluta e desclassificada mediocridade.
     O padrão-Brasil, como se vê, já dá sinais evidentes da marca deixada pelo ex-presidente. Um político - no que a palavra carrega de mais negativo - que investiu na vulgaridade, no rebaixamento das instituições, no apelo barato às origens pobres, na demagógica luta de classes, na manipulação de fatos, no apoio a deliquentes.
     O Brasil do século 21, apesar dos inegáveis avanços econômicos, caminha celeremente para a pré-história do amadurecimento social.

2 comentários:

  1. Grande Marco.
    Parabéns pelo excelente texto. Disse tudo, de forma sucinta e brilhante, como sempre. Só não gostei muito da conotação pejorativa aplicada aos termos "coronel" e "sargento", sobretudo esse último. Coronel - vá lá - além de designar um posto das Forças Armadas tem, historicamente, o significado de proprietário rural do interior que detem o poder político e econômico e o aplica de forma autoritária, mas... e o sargento? O que tem ele de errado?

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  2. Esse 'coronel', Paulo, é aquele do século passado, que ganhava insígnias por serviços prestados, não os de verdade, é claro. Ao falar em sargentos, tentei uma imagem, não militar, mas, digamos, hierárquica. Talvez tenha sido injusto. Não há nada de errado com os sargentos, pelo contrário. Sei que, a cada ano, a formação deles vem se aprimorando.

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