quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A musa da Casa Branca

     Acabei de descobrir, lendo O Globo, que tinha uma coisa em comum com o ex-ditador e terrorista líbio Muamar Kadafi, morto e sepultado, para o bem do mundo e dos seus compatriotas, em especial: uma certa admiração pela ex-secretária de Estado Condoleezza Rice.
     Sempre me impressionei com a personalidade, a presença forte, a segurança, capacidade de liderança e determinação dessa mulher que foi, durante os oito anos do contestado Governo Bush, uma das personalidades mais importantes do mundo.
     Embora reticentes em atacá-la - seria 'politicamente incorreto', pois, afinal, ela é negra -, os inimigos do 'império' sempre relutaram, no entanto, em destacar, independentemente de avaliações político-ideológicas, a presença marcante dessa mulher em qualquer lugar onde estivesse. Ela tinha - ainda tem, mesmo fora do poder - essa capacidade de ofuscar os que estavam à sua volta. No caso do chefe, isso acontecia naturalmente.
     Pois Condollezza está lançando um livro de memórias sobre os oito anos passados no centro do mundo: 'No higher honor', que pode ser traduzido como 'Não há honra maior', ou algo semelhante. Nele, ela descreve o que classifica de 'obsessão' de Kadafi por ela, a quem homenageou com a música 'A flor negra da Casa Branca' e uma coleção de fotos ao lado de líderes mundiais.
     Com seu modo arrevesado e distorcido de ver o mundo e seus atores, bem ao seu estilo, o ex-ditador expressava uma admiração que as nações que o apoiavam negavam à sua musa. Mesmo ela não tendo os requisitos mundanos que ele exigia das mulheres que o cercavam e serviam. Condoleezza, não podemos esquecer, formou-se em Ciências Políticas antes dos 20 anos. Aos 21 era mestre e, aos 31, recebeu o título de doutora.

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