segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mantendo o foco

     Será que alguém já notou que todas as declarações oficiais sobre o mais novo escândalo no Governo Dilma - as acusações de corrupção contra o atual (Orlando Silva) e o anterior (Agnelo Queiroz) ministros do Esporte -, incluindo as entrevistas do principal acusado, remetem, sempre, para investigações sobre possíveis irregularidades nos convênios mantidos com entidades não-governamentais?    
    Já foi assim em todas as situações anteriores. A fórmula é simples: tirar o foco do acusado, desviando-o para o objeto da denúncia, no caso, os tais convênios com entidades de fachada, escolhidas 'criteriosamente' - segundo os acusadores - pelo PCdoB.
     Não se fala na possível roubalheira do ministro, mas, sim, do roubo que poderia ter acontecido nas ONGs, como se fossem fatos separados, sem associação, quando, na verdade, são uma coisa só: segundo as acusações, reiteradas pelos acusadores, que têm residência fixa e estão disponíveis, os convênios eram usados para arrecadar dinheiro para o PCdoB e seus integrantes. Ponto final.
     Seguindo a toada, o ministro da Justiça, o melífluo José Eduardo Cardozo (aquele deputado que fazia cara de indignado, nas tevês, durante as investigações sobre os escândalos no Governo Lula, mas sempre votava para impedir as investigações, seguindo ordem do seu PT) a Polícia Federal vai verificar se as novas denúncias exigem abertura de outro inquérito, paralelamente ao que já existe.
     Se o digno ministro me permite, aí vai uma sugestão: é só mandar ouvir de novo os acusadores, o tal policial militar que também é do PCdoB e o motorista que contou ter levado dinheiro, em mãos, para o ministro. Explorar as minúcias dos depoimentos, checar datas e ... colocar as algemas nos bandidos.
     Seria uma prova indiscutível de critério e rigor.

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