domingo, 2 de outubro de 2011

Policiais bandidos

     Há momentos em que eu gostaria de ser, por exemplo, um dos porteiros do Rock in Rio. Na primeira 'carteirada' - fosse de quem fosse - convocaria imediatamente policiais que estivessem trabalhando por ali. Se não tivesse resposta adequada, ligaria - ou pediria a alguém para ligar - para a sala de imprensa do festival.
     Chamaria fotógrafos, apontaria os carteirudos para o público que estivesse chegando, faria discurso, uma barulhada. É um absurdo que esses fatos continuem acontecendo rotineiramente. O Globo já havia denunciado, mais cedo, que um policial federal e um promotor (corregedoria neles!) teriam tentado entrar à força.
     Outra reportagem nos conta, agora, que a pilantragem não se limitou a esses dois. Foram muitos policiais civis e bombeiros tentando entrar de graça e arrastar com eles amigos, namoradas e afins.
     Fico imaginando o que passa pela cabeça dessas pessoas, a arrogância de imaginarem que estão acima dos cidadãos comuns, justamente eles que devem ser o espelho. Será que ninguém avisou a essa cambada que acabou o tempo do 'sabe com quem está falando'?
     Vou além: as pessoas começam a saber, sim. E por isso exigem respeito e comportamento condizentes com a função. Se o secretário de Segurança do Rio quer, mesmo, acabar com a indignidade nas polícias Civil e Militar, deve levar a fundo essas denúncias. O policial que dá carteirada é o mesmo que extorque motoristas, negocia com traficantes e - em extremo - assassina juízes.

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