segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nas mãos de Lula

      O Globo de hoje nos informa, com destaque, que a presidente Dilma Roussef ainda está avaliando a situação do ainda ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB). A fonte é a mais 'confiável' do Palácio, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, um fiel executor das determinações do ex-presidente Lula, "por quem daria a vida", segundo confessou ao final do segundo governo do seu guru.
     Por avaliação, no entanto, devemos entender algo bem simples e prosaico: o noticiário que vem por aí, nos jornais e revistas semanais. Se o volume de denúncias não crescer, o Governo terá oportunidade de empurrar o problema para mais tarde, evitando o confrontamento com o PCdoB, que está unido em torno do ministro e não aceita perder sua parcela de pod$r.
     A pressão da Oposição sequer é considerada, por tênue e a reboque do noticiário. Se sumir do noticiário, atropelado por fatos novos, em outros setores, Orlando Silva conquistará o direito à prorrogação no cargo.
     O grande problema, para o Governo, será tratar com um eventual desdobramento das denúncias. Empurrada contra a parede, nesse caso, a presidente não terá como fingir distanciamento. Embora, oficialmente, renegue a condição de 'faxineira', de intransigente com a corrupção, essa qualificação colou no imaginário da população, que vai cobrar uma decisão.
     Será o momento de avaliar sua liderança política, atrelada e extremamente dependente do ex-presidente. Lula não está em Manaus, hoje, participando da inauguração de uma ponte sobre o Rio Negro, apenas para gozar os aplausos e manter inflado o ego. Sua capacidade de manipular a tal base governamental é um trunfo, na eventual necessidade de demitir o ministro envolvido em pilantragens.
     Lula liderou essa turma durante muitos anos. Costurou os acordos, assessorado por José Dirceu. Dividiu o butim e fortaleceu financeiramente os partidos que o ajudaram a governar e a escapar sem maiores danos do escândalo do Mensalão. Ninguém melhor do que ele para lembrar que todos perdem com a exposição dos malfeitos oficiais.

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