sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Síria sangra diariamente

     O misto de presidente e ditador sírio, Bashar Al-Assad, tem dado ao mundo (incluindo árabe) indícios claros e diários de que vai resistir muito mais às revoltas do que os governantes alijados do poder desde o início do ano. O noticiário internacional de hoje é um exemplo claro do desapreço que Assad tem pela opinião mundial e pelo seu próprio povo.
     Segundo nos informam os principais jornais, entre eles O Globo, com base nas agências de notícias, as forças de segurança sírias mataram, somente hoje, pelo menos 40 manifestantes contrários ao regime. De acordo com cálculos da ONU, a revolta já teria provocado a morte de mais de três mil pessoas, em sete meses. Sem falar nas milhares de prisões, torturas e espancamentos.
     Assad sabe que a violência é sua única saída. Os exemplos estão aí, bem vivos - o principal, Muamar Kadafi, que está bem morto, deve estar aterrorizando suas noites e dias. Com o agravamento da crise e da mortandade, o governo sírio vem perdendo o limitado apoio que ainda tinha no mundo árabe que vem passando relativamente incólume por essas turbulências. Um mundo que tende a procurar uma troca menos traumática no poder sírio, mas dá sinais claros de que não pretende sucumbir com ele.

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