domingo, 9 de outubro de 2011

A 'nova' cara da política

     A cada filiação, a cada acréscimo na bancada, mais o novíssimo PSD do prefeito Gilberto Kassab se mostra velho, antiquado, desprovido de identidade, sem personalidade própria. É - para usar uma imagem que costumo empregar nesses meus textos - um enorme balaio de gatos ideológico, que aceita tudo e cresce ao sabor das vaidades pessoais, dos interesses individuais.
     Henrique Meireles, Mansur Chalita e Kátia Abreu são três exemplos desse descompromisso com a história política recente. Todos unidos pela busca de um espaço no palco, em 'monólogos', de preferência.
     O PT, o PSDB, o DEM, o PPS, o PV e - vá lá ... - o tais do PSOL e desse anacrônico PCO têm um perfil, podem ser identificados, gostemos deles, ou não. O PSD é justamente a antítese do que poderíamos exigir de um partido político. Nos discursos de apresentação ao distinto público, exibiu um absoluto vazio de convicções, um buraco que aceita ser preenchido com qualquer tipo de aterro.
     O mais grave de tudo isso, é justamente o fato de que a total inexistência de conteúdo é sua maior atração. Não é direita, nem de esquerda, nem de centro. Não é governista, nem oposicionista. Simplesmente não se assume, não se expõe. Aposta na cara de 'bom moço', na alienação da população (um fato tristemente incontestável) e na força dos patrocínios que há de conseguir, não tenhamos dúvidas.
     Em resumo: tem tudo para se transformar, em muito pouco tempo, no segundo maior maior partido político do país, brigando pela liderança com o até agora imbatível PMDB e com o aparelhado PT. E quando paramos para pensar que ele - o partido - ainda não completou um mês de vida, podemos imaginar que, seguindo nesse rumo (?), não há limites à sua frente.

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