segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Decisão no Engenhão

     Há uma relativa distância entre o direito e o recomendável. O Botafogo, ninguém tem a menor dúvida, deveria ter, sim, prioridade para fazer seus jogos no Engenhão, que - afinal - é a sua 'casa'. Mas seria (será?) uma estupidez determinar que a partida entre Vasco e Flamengo, que pode decidir o título brasileiro e uma vaga na Libertadores, seja jogada em um estádio de menor porte.
     Além do aspecto puramente esportivo, há um fator que não pode ser desconsiderado: a segurança dos torcedores, especialmente quando estamos lidando com uma rivalidade acentuada - em muitos casos, estúpida.
     O Engenhão, pela possibilidade real de separação das torcidas e pelo conforto que oferece, é a única opção. Qualquer outra decisão poderia provocar sérios incidentes. Botafogo e Fluminense, o clássico mais antigo do futebol carioca, mereceria, sempre, acomodações que fizessem justiça à história dos dois clubes. Mas estamos lidando com uma realidade.
     Embora ainda tenha algum atrativo (uma combinação incrível de resultados poderá levar o Botafogo à Libertadores), o jogo não reúne os ingredientes que justificariam o sacrifício de Vasco e Flamengo.
     A direção botafoguense, coma decisão de recorrer ao STJD, trata, apenas, de tentar dar uma satisfação à torcida, revoltada - justamente - com esse fim de campeonato melancólico. Que prevaleça a lógica.

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