domingo, 6 de novembro de 2011

A droga que mata

     A morte de um cinegrafista da Rede Bandeirantes (Gelson Domingos), durante cobertura de uma ação policial na favela Antares, no subúrbio de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, pode e deve ser creditada a um dos grandes males que corroem e corrompem nossa sociedade: as drogas.
     A extrema violência que atinge o Rio de Janeiro e desafia nossas autoridades, diariamente, tem como ponto focal o tráfico, controlado por quadrilhas que fazem tudo, mesmo, para preservar seus domínios. Não são criminosos comuns, daqueles que a história e - em muitos casos - o cinema nos falam. São bandidos sanguinários, sem sentimento, capazes das maiores atrocidades.
     A estupidez da morte do cinegrafista, atingido por um tiro que atravessou seu colete protetor, foi mais uma na enorme relação de atentados cometidos pelos donos da maior indústria do crime. A droga que aniquila seus usuários é a mesma que transforma jovens em assassinos brutais, com a clara conivência da parcela que consome e alimenta esse negócio.
     Exemplos como o de hoje e o de Tim Lopes - um amigo desde o início dos anos 1970, em O Globo, e aliado também na paixão pelo Vasco - mostram bem o risco que nossa sociedade corre ao ser leniente com as drogas e, por consequência, com os traficantes.
     O Brasil não tem o direito de se transformar em um México da América do Sul. O mexicano, aterrorizado pelos carteis, já não consegue dar uma resposta adequeda ao terrorismo dos traficantes. Não podemos, aqui, sequer imaginar que podemos perder essa batalha.

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