terça-feira, 29 de novembro de 2011

A violência estimulada

     O Irã está apostando no confronto. Além de manter as pesquisas para produção de uma bomba atômica, condenadas e proibidas pelas Nações Unidas, claramente estimulou a invasão da embaixada do Reino Unido em Teerã, uma atitude injustificável sob qualquer aspecto.
     A cumplicidade do governo com os invasores fica clara quando se analisa a reação policial ao ato de violência. Todos sabiam que os manifestantes iriam agir, tanto que havia uma legião de fotógrafos e cinegrafistas a postos para gravar as inevitáveis cenas de queima das bandeiras.
     Caberia ao governo, se sério fosse, e não é -, zelar pela integridade do patrimônio e dos funcionários. Afinal, embaixadas são áreas sob responsabilidade oficial. A manifestação seguiu um roteiro pré-determinado, que começou no fim de semana, quando as relações com o Reino Unido foram reduzidas à menor escala, em retaliação às medidas tomadas contra o país. Medidas mais do que justificadas, tendo em vista a insistência iraniana em ameaçar o mundo com sua sonhada bomba.
     As cenas da invasão, espalhadas pelo mundo - em especial pelo mundo árabe (os iranianos são persas, num universo árabe) - tendem a estimular comportamentos idênticos em outros países, justamente num momento tão tenso das relações internacionais.
     É a aposta no quanto pior, melhor. Com esse tipo de manifestação, o Irã - uma nação claramente fundamentalista e terrorista - tenta mudar o foco do real problema e apresentar o Ocidente como o pai de todos os pecados.

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