sábado, 26 de novembro de 2011

Crise moral acentuada

     A cada dia - e, em especial, a cada capa semanal da revista Veja - mais se aprofunda a crise moral que soterra o país, que, paralelamente, vive um momento de extremo equilíbrio, se comparado a maior parte do mundo. São os extremos de uma equação infeliz. O bom desempenho econômico encobre os escândalos, roubalheiras.
     Dessa vez, a lama respinga na presidência da República, a ser verdadeira - como se presume - a denúncia que chegou de um militante do Partido dos Trabalhadores. Extorquido no Ministério do Trabalho, quando tentava fundar um sindicato - o que é outra mamata, nessa república sindical que vivemos -, garante que denunciou o esquema à presidente Dilma Rousseff e ao ex-carregador de malas do antecessor, o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência.
     A denúncia tem nome, sobrenome e endereços certos e sabidos. Nada de alguém disse ou escutou. O sindicalista Irmar Silva Batista contou à Veja que recebeu um pedido de R$ 1 milhão para registrar o novo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. Um pedido direto de um tal Eudes Caneiro, que assessorava o atual deputado federal Luiz Antônio Medeiros, durante sua passagem pela secretaria de Relações do Trabalho do Ministério comandado por Carlos Lupi (ambos são do PDT).
     Indignado, segundo ele, mandou e-mails para para a presidente e para Gilberto, contanto todo o esquema. E nada foi feito. Lupi continua no cargo, desafiando a Nação e própria dignidade da Presidência da República.

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