domingo, 13 de novembro de 2011

Sangue para a turba

     Pode ser que eu venha a me render, algum dia, ao fascínio que - sou obrigado a reconhecer - que esse tipo de 'esporte' vem exercendo. Mas ainda não foi dessa vez. Não parei para ver o lutador Júnior Cigano dar um soco (ou vários, não sei bem) e derrotar o americano Cain Velasques, no tal UFC.
     Como a TV Globo investiu na luta, foi impossível não saber dela e, eventualmente, ver e ouvir algumas entrevistas sobre essa modalidade de luta. Fiquei sabendo, por exemplo, que não 'vale tudo', como eu imaginava. É proibido enfiar o dedo nos olhos do adversário e atingir as - digamos - partes pudentas.
     Bater até sair sangue, pode. Aliás, é o que todos esperam nesse tipo de combate. Muito sangue, violência extrema e inevitáveis problemas futuros. Há violência, também, em diversos esportes. No futebol americano, os atletas são obrigados a usar capacete e armaduras, para minimizar o risco de fraturas e contusões em geral. No boxe, os amadores usam protetores na cabeça. No nosso futebol, há fraturas, cotoveladas. Mas são eventuais.
     No UFC, a aniquilação do adversário é o fim, o objetivo. Não consigo gostar, nem achar esportividade. Vou sempre lembrar dos gladiadores sendo atravessados por espadas ou comidos por leões, para satisfação da turba.

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