Liberdade de imprensa

     O texto da Folha sobre pesquisa do Instituto Gallup, em relação à consciência da população sobre a liberdade de imprensa em seus países, mostra que estamos no bom caminho, mas ainda longe do que se espera de um país que se pretende moderno e verdadeiramente democrático.
     Para 72% dos entrevistados, a imprensa do Brasil é livre, o que nos coloca, no entanto, em uma modesta posição no mundo avaliado: 47º lugar, muito longe da líder Holanda, onde 95% das pessoas atestam a inexistência de entraves à liberdade de expressão. Entre nós, 21% acham que não há liberdade. Os demais preferiram não dar opinião.
     Se consultado, eu diria que há, sim, liberdade de imprensa. Basta acompanhar o noticiário das grandes revistas e jornais. Em contraponto, há um evidente desconforto com essa liberdade, especialmente por parte dos atuais ocupantes do Poder, que tentam há algum tempo criar mecanismos de monitoramente, de controle. Mas isso é algo diferente.
     Esse 'controle social da mídia' (um eufemismo para censura, pura e simples) faz parte do ideário do PT há muito tempo e, a cada congresso partidário, está sempre em discussão, sob novas roupagens, é verdade, mas com o mesmo e totalitário propósito: eliminar o contraditório, calar os críticos, interromper as denúncias. Mediocrizar, para governar.
     O modelo obscurantista de censura persiste até hoje em Cuba e na China, por exemplo, onde não há liberdade alguma (já nem falo em nações governadas pelo sectarismo religioso, como o Irã). E vem sendo perseguido com afinco por alguns aprendizes de ditadores, como os bananeiros Hugo Chavez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador), principalmente, além de fazer parte dos sonhos da nova 'presidente dos descamisados', a argentina Cristina Kirchner, e dos ideólogos do novo mundo petista.