sábado, 5 de novembro de 2011

Os escroques de Brasília

     A 'bola da vez' é o Ministério do Trabalho, comandado por esse incrível Carlos Lupi, cacique do PDT. Veja detonou hoje o processo que, pelos antecedentes, já sabemos como deve terminar: pedido de demissão para, fora do Governo, "esclarecer todas as acusações e resgatar a honra e a dignidade atingidas por acusações infundadas". E como nas vezes anteriores (será, inevitavelmente, o sexto em menos de um ano), o ministro sairá apoiado pelo seu sucessor e pelo Governo, que lamentará a perda de um colaborador tão fiel.
     O roteiro da nova e inevitável crise desse incomparável Governo Dilma Roussef já está traçado. A revista expôs, sem maquiagem alguma, as entranhas de outro esquema de corrupção encastelado em Brasília. Como pano de fundo, as tais ONGs que vivem dos nossos impostos e que são usadas por partidos e políticos ligados ao Poder para reforçar seus caixas, de maneira criminosa e asquerosa.
     Os cofres públicos enviam uma grana alta para a ONG companheira que, por sua vez, devolve parte desse ajuda aos responsáveis pela liberação do convênio. Em alguns casos - quando não há o roubo direto, já descontado 'em folha' -, os representantes do Governo usam seu poder para extorquir, mesmo, como aqueles fiscais de açougue que levavam meio quilo de carne para casa, ou guardas de trânsito que pedem um cafezinho para o motorista infrator.
     A primeira tentativa de salvar a cadeira já foi tomada. O ministro - que 'não sabia de nada', coitado! - pediu o afastamento de seus dois auxiliares diretos, apontados como os gestores da safadeza, já comprovada até mesmo pela Controladoria-Geral da União. Os 'donos' de ONGs extorquidas deram entrevistas e contaram tudo. Não há desculpas, nem 'casco duro'. A opção de Lupi é sangrar até o fim, como seus ex-companheiros de ministério, ou sair antes, para evitar males maiores. Já irá tarde.
     O Brasil, infelizmente, vem sendo administrado por escroques.

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