terça-feira, 8 de novembro de 2011

USP recupera parte da dignidade

     Como até os desocupados dormem, a Polícia Militar de São Paulo não teve trabalho em expulsar da Reitoria da USP o grupelho de desajustados que ocupava o prédio ilegalmente. A operação, nos contam os principais jornais, incluindo O Globo, começou de madrugada, pouco depois das 5 horas. Não houve resistência, pois todos estavam dormindo, certamente esgotados do enorme esforço intelectual que foram obrigados a ter quando escreveram a mais famosa faixa do protesto, chamando 'trabalhadores' de 'trabaliadores', assim, com i, o lugar do h.
     Ao recuperar o prédio da reitoria e a dignidade da instituição, os policiais encontraram, entre outros artefatos estudantis, coquetéis molotov, morteiros, gasolina e bebidas alcoólica. Não foi registrada a apreensão de um livro sequer, nem mesmo de um simplório gibi, que poderia ter sido usado para ajudar a passar o tempo.
     Outra constatação: os 'meninos' quebraram mesas, computadores e arrancaram fios de telefone. Isso, depois de terem arrombado portas e janelas.
     O prazo para desocupação terminara às 23 horas de ontem, mas a 'garotada' decidiu descumprir a ordem judicial e aproveitou o momento para, também agredir os repórteres que lá estavam, arremessando paus e pedras. Coisa de 'adolescentes'.
     O comportamente mais grave, no entanto, ficou por conta da própria Universidade, que já havia concordado com a prorrogação da ocupação por mais dois dias. Ontem, representantes da reitoria prometeram não punir a quadrilha de encapuzados pela invasão. Fica tudo por isso mesmo (*).
     Eu sei que obrigá-los a escrever frases no quadro seria uma punição exagerada. Mas bem que poderiam ficar de castigo depois das aulas, obrigados a ler duas páginas de dicionário por dia.

(*) Setenta e três invasores foram levados pela Polícia e estão sendo mantidos presos até que paguem a fiança para esses casos.

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