sábado, 19 de novembro de 2011

O grande 'cabide' federal

     Os dados são de um levantamento do Ministério da Fazenda e foram publicados por Veja: o Brasil tem 23.579 cargos de confiança, apenas na esfera federal, o triplo dos EUA e seis vezes mais do que a França. Se comparado aos exibidos pela Alemanha (500) e Inglaterra (300), esse número ficaria ainda mais vergonhoso. Mesmo aplicando-se qualquer regra de proporcionalidade (população, em especial), que deve valer, também, para o retorno que os governos dão a seus cidadãos.
     Basta olhar para esse absurdo para entender alguns dos motivos que levam o país a ser tão vulnerável a conchavos, troca de 'favores' entre partidos, leilão de ministérios e diretorias. Esses quase 24 mil assessores são o que podemos classificar de 'amigos do rei', ou dos condes e barões que infestam nossa vida política.
     Cada novo 'dignatário' da República carrega com ele uma enorme trupe, que passa a viver dos recursos públicos, um enorme cofre sem fundo. Ter direito a esse círculo de ajudantes e assessores é um dos atrativos do poder. Especialmente quando não se precisa pagar por eles, como qualquer empresário tem que fazer.
     Para agravar esse quadro, não raramente os eventuais se transformam em definitivos, graças a manobras, acertos, acomodações. A lamentar, ainda: a qualificação pessoal não tem a menor importância nessa equação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário