domingo, 13 de novembro de 2011

O culto à mentira

     A chance de desmascarar personagens como o deputado Rui Falcão, presidente nacional do PT, é irresistível, pelo menos para mim. Confrontado com as evidências de corrupção no ministério do Esporte, quando era dirigido pelo atual governador do Distrito Federal, o recém-convertido Agnelo Queiroz (ele era do ...PDT), o destacado prócer petista preferiu chamar os opositores do governo de "canalhas" e "caluniadores". Isso, para uma plateia perfeita, no 2º Congresso Nacional da Juventude do PT.
     Não apresentou - pelo menos a Folha não registrou - qualquer evidência de que as denúncias - semelhantes em tudo às que derrubaram Orlando Silva, recentemente - não são verdadeiras. Limitou-se a um discurso raivoso - "quero cumprimentar aqueles que votaram para acabar com aquela corja" -, bem ao estilo do seu partido, marcado pelo ódio, pela intolerância, pelo desrespeito ao contraditório. Basta ver os discursos que pontilham sua existência. Os olhares rútilos, os dedos em riste, as caras fechadas, o tom sempre agressivo.
     Não interessa a esse luminar petista que haja apuração alguma no Distrito Federal. Assim como jamais interessou ao Governo Federal investigar a fundo as denúncias que derrubaram seis ministros em apenas dez meses. Fica claro, para quem observa com visão crítica e livre, que o antigo 'partido da dignidade' teme mexer na corrupção que está encravada em todos os níveis do espectro petista, incluindo, nesse mundo, as legendas que gravitam em torno dos cargos oferecidos em Brasília. Sejam elas tanto as de aluguel, quanto as alugáveis.
     Os casos de corrupção e uso de recursos públicos para beneficiar e enriquecer políticos, partidos e amigos do Poder são a grande marca dessa 'Era Lula', a que inaugurou no País o culto à mentira e à dissimulação.

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