sábado, 2 de julho de 2011

Viva Chavez!

     A Venezuela não pode correr o risco de Hugo Chavez morrer assim, de repente, inesperadamente. Seria um golpe muito duro, com repercussões ainda não muito claras no futuro do país. A possibilidade do surgimento de um culto à personalidade, no estilo dispensado ao argentino Juan Peron, é muito real.
     Morto, Chavez poderia ser transformado em uma versão atualizada e bananeira de Simon Bolivar, virar mito, encobrir os descaminhos que ele vem abrindo, na sua histeria populista. De um momento para outro, não seria mais discutido, especialmente pela massa menos informada da população.
     Talvez se transformasse em uma espécie de santo, guia, pai espiritual do povo. E todos sabemos o quanto é difícil combater, com ideias, os pensamentos oriundos do obscurantismo que acompanha os mandamentos de falsos profetas.
     Para a família e amigos de Chavez, é claro, seria bom que o presidente vencesse a luta contra esse câncer anunciado. Para a Venezuela, também, por outros motivos: seria ótimo que ele, plenamente recuperado, em forma, fosse derrotado nas urnas, pelo amadurecimento da nação. A América Latina não precisa de novos mitos e mentiras. Precisa, sim, de políticos íntegros, que ajudem a consolidar a democracia.

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