sexta-feira, 22 de julho de 2011

O ataque das trevas

     É impossível ficar insensível às notícias sobre os atentados terroristas que abalaram a Noruega - um país historicamente pacifista - hoje. As informações ainda são confusas, por óbvio, mas há versões que apontam para quase 40 mortos.
     O primeiro atentado aconteceu quando uma bomba explodiu em uma região da capital onde funcionam diversos prédios governamentais e onde trabalha o premier
premier Jens Stoltenberg. O segundo, em um acampamento de jovens que estava sendo realizado em uma ilha nas proximidades de Oslo, atacado a tiros.
     Nos dois, a possível marca da ignorância, dos radicalismos religioso e ideológico, confirmando que é praticamente impossível conviver o obscurantismo, que prega a destruição, que despreza a vida de todos os que classificam de infiéis.
     Com a observação de que ainda não há confirmação formal, o jornal New York Times revelou que um grupo islâmico, que se autodenomina Ansar al-Jihad al-Alami (Auxiliares do Jihad Global), reivindicou a autoria dos ataques, sob o argumento de que estaria respondendo a insultos proferidos contra o profeta Maomé (remetendo à charge publicada inicialmente em um jornal dinamarquês) e à participação de tropas norueguesas no Afeganistão.
     Sejam muçulmanos ou católicos; protestantes ou assemelhados, é assim que esses grupos radicais agem, movidos pelo ódio que vem da soma de dois fatores presentes, infelizmente, na interpretação deturpada de supostas orientações divinas: fanatismo e a mais completa ignorância.

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