quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sai o Alfredo, mas o PR continua

     O agora ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, sangrou menos do que também ex Antonio Palocci. Pediu demissão "irrevogável" - a quem eles pensam que enganam com essas bobagens? - e voltou, de mala e cuia, para o Senado (ele é senador pelo Amazonas, não podemos esquecer ...) e para a presidência desse incrível Partido da República. Volta para a cadeira que é sua, e que vinha sendo ocupado pelo suplente, João Pedro, do PT, que - por sua vez - só estava lá por ser amigo do ex-presidente Lula. Um daqueles senadores sem um voto sequer, mas com salários, vantagens e aposentadoria jamais sonhados e absolutamente imerecidos.
     O lugar, o grande feudo, no entanto, continua com o PR. Faz parte do 'acordo pela governabilidade', esse saco de indignidades ideológicas onde cabem todos, gatos e ratos, mais uns do que outros. As ferrovias e estradas - aqueles setores de onde jorram fortunas e denúncias (algo como a diretoria de "furar poços", pretendida, há algum tempo, pelo finado politicamente Severino Silva) - serão mantidas ao alcance dos dignos representantes do antigo PL.
     Já há nomes - segundo a Folha - em cogitação. Um deles, é o do atual secretário-executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos, que certamente não sabia de nada sobre os esquemas de corrupção que pululavam nas mesas vizinhas. Fala-se, ainda, no ex-governador de Mato Grosso, o latifundiário Blairo Maggi, um dos antigos inimigos do petismo e do verdismo militantes.
     Para não deixar passar sem comentário: os arautos do dilmismo começam a espalhar que a presidente estava louca para se livrar do ministro herdado de Lula, mas não podia, coitadinha. Se ela, a ser verdade esse tipo de comentário, não decide sequer quem vai ser ministro, seria mais digno que pedisse as contas e passasse o cargo, de fato, para seu mentor e antecessor.

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