segunda-feira, 4 de julho de 2011

República partida

     Hoje, eu apostaria que a hemorragia do ainda ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, um dos destaques desse inacreditável Partido da República, no cargo desde 2004 (pasmem!!!), vai durar alguns dias. Mas não deve durar tanto - ou não deveria ... - quanto a sangria do ex-ministro Antonio Palocci. Talvez mais umas duas ou três matérias sobre os alicerces das nossas rodovias e ferrovias. Para mim, parece impossível, até mesmo em governos do PT, sustentar por tempo indeterminado pessoas envolvidas tão diretamente em escândalos de corrupção.
     A exceção à regra foi o ex-presidente Lula, que saiu da zona de rebaixamento político e moral na qual mergulhara com o Mensalão, para o título de campeão de votos ao ser reeleito. Todos os demais caíram - e foram muitos -, por podres ou simplesmente em nome da causa.
     É bem verdade, também, que, de algum modo, todos conseguiram voltar. Mensaleiros de carteirinha (carteirões, na verdade), flagrados com a mão nas malas de dinheiro público desviado para os partidos e partidários do governo Lula, estão por aí, flanando, em Brasília e São Paulo, principalmente. Corruptos de diversos estilos e matizes também estão soltos, exalando arrogância.
     De todos os envolvidos nos escândalos petistas dos últimos anos - sou obrigado a reconhecer -, o ex-deputado José Genoíno (PT-SP), que presidia o partido na época do Mensalão, talvez seja o mais recatado. Nomeado para assessorar o ministro Nelson Jobim, no Ministério da Defesa, tem se mantido à margem da jamais desmontada máquina de fazer dinheiro para a companheirada.

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