segunda-feira, 4 de julho de 2011

Miami, aqui vou eu!

     Como se fora um presidente sem superego, acordei invocado hoje. Chuva, vento, frio e, para completar, fiquei sabendo que o ministro dos Transportes, representante de um tal de Partido da República no esquema de poder, está prestigiado. Parei com a Dilma: Erenice, Palocci, Mercadante e, agora, o Nascimento, não o capitão, mas o Alfredo. Assim não dá.
     Peguei o telefone, conferi meu saldo bancário - 'meus saldos', para ser verdadeiro - e resolvi aumentar a lista dos cabras que estão aproveitando - segundo O Globo - "a combinação de dólar barato, preços baixos e facilidade de financiamento em outros países".
     Liguei para a diretora do meu Private Banking e não fiz por menos: pedi para ela separar logo uns seis apartamentos, todos com suítes e fontes que jorram água mineral, na maior cidade cubana do mundo, Miami. Fico com um e separo os outros para receber amigos e estocar feijão, arroz e carne seca. Soube que um sujeito brasileiro teria comprado 18, de uma vez. Será? 
     Se é para morar longe das aves que aqui gorjeiam, vou logo para a meca dos novos ricos, sem baldeação na Barra ou em locais menos votados, como os Jardins, em São Paulo, local escolhido por Antonio Palocci, o ex-companheiro de reuniões do 'ministro-chefe' do diretor do DNIT, o tal que levava a sério a brincadeira do 'Pagot, levou'.
     Mas ainda não decidi se vou largar de vez minhas propriedades aqui no Rio, ou se vou mantê-las fechadas, para quando quiser escutar o canto do sabiá. Tenho medo de não conseguir entender as regras daquele joguinho safado, o tal de beisebol, o mais chato, lento e sem graça que eu já tentei ver - tirando badminton, curling, golfe, squach e todas aquelas competições femininas que o pessoal das páginas de esporte finge que respeita, só para continuar olhando e publicando fotos das pernas das moças à vontade.

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