quarta-feira, 13 de julho de 2011

Perguntas sem respostas

     Eu sei que não dá mais tempo - pelo menos hoje. Mas - quem sabe? - talvez a turma de Brasília nos presenteie com uma suíte (continuação do tema, desdobramento), amanhã? De qualquer modo, acho que vale a pena tentar aprofundar algumas questões que passaram de passagem na primeira entrevista do novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, concedida exatamente após o fim do depoimento do ainda seu (dele, ministro) colega Luiz Antonio Pagot, de "férias" no Dnit.  
    Vamos lá. Em primeiro lugar, ninguém estranhou a coincidência? Bastou o Pagot inocentar todo mundo para o seu novo chefe sair dando declarações. Por que será que ele ficou esse tempo todo calado, recolhido? Certamente não foi por falta de conhecimento dos temas da sua pasta, já que ele era o secretário-executivo do Ministério e companheiro de partido - esse incrível Partido da República - do agora novamente senador Alfredo Nascimento (PR-AM).
     E os tais "ajustes necessários para que o Ministério trabalhe dentro das melhores regras da administração pública", segundo O Globo? Quer dizer que, antes, não trabalhava de forma republicana? Mas o ex-ministro não estava lá desde 2004? E o atual, há quanto tempo andava 'executando' por lá?
     Troca de pessoas e "maior controle para assegurar o bom uso do dinheiro público?" Será que nos governos Lula o dinheiro público era usado indevidamente? E essas pessoas que serão substituídas, estavam costeando o alambrado da corrupção, para usar um - digamos - eufemismo gaúcho muito empregado pelo governador Leonel Brizola?
     E o Pagot, fica onde disse que vai ficar? Vai perguntar à presidente? Não acredito que até nomeação de diretor tenha que ser discutida com a presidente da República. Ministro, então, serve para quê?
     Descobri agora, lendo o último parágrafo da reportagem: ministro serve para dar "continuidade às ações do PAC", seja lá o que isso for.
     Concordam que essa gente é, mesmo, muito boa?

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