sexta-feira, 22 de julho de 2011

O exemplo chinês

     Não precisaríamos chegar a esse extremo. Mas o mais recente exemplo chinês de intolerância com corruptos bem que poderia estimular nossos legisladores e fiscais da ordem. Lá, na única potência 'comunista' do mundo, por muito tempo uma das referências ideológicas para a turma que está mandando por aqui, não sobraria um diretor do Ministério dos Transportes. Mensaleiros? Nem pensar.
     Todos certamente teriam recebido pena semelhante ao ex-subdiretor-geral da companhia estatal China Mobile, Zhang Chunjiang, condenado à morte, hoje, segundo reportagem da Folha, por corrupção. Com uma ressalva: a pena poderá ser transformada em prisão perpétua, se ele tiver bom comportamento durante dois anos.
     O tiro na nuca ou a cela eterna, no entanto, não vai livrar o dirigente chinês da privação dos direitos políticos e do confisco de todos os seus bens. Segundo a Justiça, Zhang, recebeu propina no valor de US$ 1,15 milhão (cerca de R$ 1,54 milhão) , em cinco anos. Uma bagatela, se comparada aos rombos que estão sendo descobertos pelo Tribunal de Contas da União nas obras do tal PAC, quase todas desenvolvidas nos gabinetes do Ministério dos Transportes.
     Ou à dinheirama - no mínimo R$ 50 milhões - distribuída pela quadrilha formada para assaltar os cofres públicos, no episódio que ficou conhecido como Mensalão.

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