A Folha de hoje conta a história de um atleta desconhecido, o goleiro Renê, que jogava no Bahia quando foi flagrado num exame antidoping, pelo uso do diurético furosemida. Renê está muito magoado, e desabafou usando o twitter. Pobre e sem ter a quem recorrer para manter a família, ele garante que não torceu contra o medalhista brasileiro Cesar Cielo, absolvido - foi apenas advertido - de acusação semelhante. Supenso por um ano, ele garante que só queria ter merecido tratamento igual.
Cesar Cielo e Renê estão nas extremidades opostas desse enorme universo do esporte. Enquanto o nadador é a maior referência brasileira nas piscinas e um insubstituível garoto-propaganda das glórias nativas, o goleiro é um completo estranho para a maioria dos brasileiros, embora tenha jogado no Bahia, um time com tradição e enorme torcida.
No meio desse abismo, há o caso ainda recente de Dodô, atacante de relativa fama e sucesso (jogara no São Paulo, Santos, Fluminense e Botafogo), que, ao ser flagrado num exame, acabou suspenso por dois anos. No caso do atacante, de nada adiantou argumentar que o remédio foi prescrito pelo médico do clube - como foi. Nem exibir a confissão do laboratório de manipulação, que admitiu ter errado. Ele ainda voltou ao futebol (Vasco, Portuguesa de Desportos), mas já não era o 'artilheiro dos gols bonitos', como ficou conhecido. Atualmente, disputa a segunda divisão, pelo Americana, do interior paulista.
Já o lateral Athirson, revelado pelo Flamengo e com passagens pela Seleção Brasileira, embora também tenha sido pego em exame andidopagem, conseguiu 'convencer' a CBF que havia usado substâncias ilegais sem intenção de se dopar, e foi absolvido, em julho de 2000.
Coisas do esporte.
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