sábado, 30 de julho de 2011

Corrupção ilimitada: mais um caso em Brasília

     Eu já deveria ter aprendido que não devo comentar uma notícia sobre corrupção no Governo, sem checar todos os meios de informação antes. E estou 'pagando' por isso. Como as denúncias feitas pelo irmão do senador Romero Jucá sobre roubos no Ministério da Agricultura, divulgadas pela Veja, me 'sensibilizaram' muito (postagem anterior), não lembrei, na hora, de dar uma olhada na IstoÉ. Fui olhar agora, e não deu outra: a revista denuncia assaltos em outro ministério, o da Cidades, comandado pelo PP, de Mário Negromonte.
     Segundo a revista, os dirigentes favoreciam determinadas empreiteiras, justamente as que mais contribuíram com o partido nas eleições anteriores. Era como se o dinheiro saísse dos cofres do Governo por um lado e entrasse nas contas do PP e parceiros imediatamente. Esquema semelhante ao do Mensalão, que financiou campanhas da base aliada e distribuiu prebendas entre a companheirada.
     Duas revistas nacionais, duas denúncias graves de assalto ao dinheiro público, que se somam ao escândalo do Ministério dos Transportes. Em comum, inclusive com o Mensalão, o fato de que os envolvidos e denunciados e/ou o esquema são antigos. Armados, estruturados e desenvolvidos no governo Lula. O que não representa absolvição, pois a presidente Dilma Roussef participou ativamente da gestão, como chefe da Casa Civil. Ou ela não sabia, e era incompetente. Ou sabia e era conivente.
    Essa avalanche de denúncias exibe um dos lados obscuros dos governos contaminados pela corrupção: as informações chegam aos veículos de comunicação através de integrantes do esquema, afastados compulsoriamente ou desatendidos em suas reivindicações.

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