quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cadê o dinheiro, senador?

     O monocórdio senador Cristovam Buarque (PDT-DF) deu nova demonstração de diversionismo ideológico, marca sempre presente em sua carreira. Ao ser questionado sobre a assinatura do pedido para abertura de uma CPI sobre os escândalos no Ministério dos Transportes, tentou sair pela tangente: não vai assinar porque está satisfeito com a faxina realizada pela presidente da República.
     Sabe o senador - que ninguém tenha dúvida - que as demissões, todas forçadas por denúncias avassaladoras, não respondem a pelo menos uma questão crucial, que seria levantada pela CPI: quem levou todo o dinheiro? Foi usado, ou não, para pagar contas da última campanha eleitoral, como foi aventado?
     E bom não esquecer que não estamos tratando de 'apenas' um mensalão, orçado em algo em torno de R$ 50 milhões. O roubo atual, pelos cálculos iniciais, bateu a casa dos R$ 70 milhões. E ninguém foi preso, ou o dinheiro foi devolvido.
     Mas jamais interessou ao ex-senador do PT mexer muito profundamente nos descaminhos do projeto petista de poder, do qual ele foi afastado compulsoriamente. Mudou de partido, mas a cumplicidade com os antigos companheiros permaneceu. Com a decisão de não assinar o requerimento, sua excelência dá uma efetiva contribuição ao processo de ocultação de fatos que vem marcando os últimos oito anos e meio de governo.

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