quarta-feira, 6 de julho de 2011

A fábrica de enriquecimentos ilícitos

     Um fato é inegável: as administrações petistas provam, a cada momento, que são capazes de produzir Pelés da economia e finanças em profusão. Um dos filhos do ex-presidente Lula é um dos casos mais emblemáticos dessa fantástica capacidade de gerar gênios na multiplicação de bens. O jovem Lulinha conseguiu se transformar, da noite para o dia, em um empresário de sucesso inigualável (na época, é bom ressaltar) ao receber um - vamos chamar assim - 'aporte' de R$ 5 milhões para sua empresa de fundo de quintal. O ex-ministro Antonio Palocci, recolhido ao limbo dos demitidos a bem da causa, foi outra sensação, ao multiplicar o patrimônio de maneira astronômica.
     Temos, agora, a mais nova evidência de que tudo é possível, a quem persevera. O jovem Gustavo Morais Pereira - tem apenas 27 anos - filho do ainda (é inacreditável!!!) ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, conseguiu, em magros cinco anos, valorizar sua empresa em estapafúrdios 86 mil por cento: de um capital (está mais para município do interior) de módicos R$ 60 mil, para exuberantes R$ 50 milhões. Convenhamos, é um sucesso digno de um Eike Batista.
     E o Nascimento continua lá, no cargo que recebeu de Lula há sete anos. Dizem as matérias dos nossos jornais e revistas, que vai sangrar um pouco, mas é até provável que resista, se admitir perder o controle das verbas para estradas, ferrovias - olha o trem-bala do Planalto aí, gente! - e tudo o mais que vem com o cargo, que é da cota desse tal Partido da República (ex-PL), parceiro do PT em todos os momentos, que tem em suas 'hostes' alguns dos mais representativos mensaleiros da nossa história recente.
     Mais do que possível, é até provável que o ministro seja mantido. Não é à toa que o ex-PL do tão chorado vice-presidente José Alencar aparece como ponta de lança do esquema nacional de financiamento de campanhas e companheiros batizado como Mensalão. O pessoal que fazia parte do serviço sujo - pelo menos, até prova em contrário, na Justiça.
     Em qualquer país decente do mundo - não estou exagerando -, governo algum resistiria a essa sucessão de falcatruas, vigarices, roubos e escândalos que marcam os últimos oito anos e meio da tomada - pelas urnas, é claro - do governo pelo PT. Infelizmente para o Brasil, é justamente esse somatório de delitos e delinquentes que vem ampliando as dimensões e cacifando esse projeto de poder, que passa por Dilma e aponta claramente para objetivos de longo prazo.

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