segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não há glamour nas drogas

     A matéria de O Globo, sobre a iniciativa de policiais do Rio de Janeiro de exibir, em fotos, a degradação provocada pelo uso de drogas, o crack em especial, talvez seja a mais emblemática de hoje, pela oportunidade de revelar o inferno de pessoas simples, que destruíram a próprias vida e, certamente, a dos que as cercam.
     São fotos sem o glamour emprestado aos astros, como a cantora inglesa Amy Winehouse. Sem fantasias, sem o falso e criminoso romantismo que cerca o mergulho no vício. São retratos de um caminho quase sem volta para a morte prematura. Morte física, pois a moral já se instalou há muito tempo.
     Em outra página, a notícia sobre o assassinato de uma mulher, em Alagoas, mostra o outro lado do mundo das drogas. O lado dos traficantes, aqueles seres deploráveis que lucram com a miséria humana. A mulher, que havia denunciado o tráfico, foi arrastada de casa, morta a tiros e esquartejada, no estilo dos mais violentos carteis mexicanos.
     São dois exemplos incontestáveis de que não há beleza, graça, arte ou algo semelhante nesse mundo. E deveriam servir de alerta para todos os que insistem em brincar de modernos quando pregam a liberalização do consumo de determinada droga, sob argumentos pífios, entre eles o mal causado pela bebida e pelo cigarro comum. Mais dignos seriam se lutassem, então, pela restrição a esses e outros males.

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