sábado, 2 de julho de 2011

Corrupção endêmica

     Eu já decidira desligar o computador. 'Chega por hoje', pensei. Mas, para evitar arrependimentos, dei uma geral nos principais jornais e revistas. E quase todos já estampavam manchete sobre a demissão de quatro - isso mesmo, quatro - integrantes da cúpula do Ministério dos Transportes, entre eles o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antonio Pagot, e Mauro Barbosa Silva, chefe de gabinete do ainda ministro Alfredo Nascimento.
     A notícia foi publicada na Veja e remete a um enorme esquema de corrupção. Segundo a revista,a turma do Ministério, que faz parte da cota do Partido da República (PR), cobrava propina de 4% das empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram os projetos de obras em rodovias e ferrovias. Em troca, os fornecedores venciam as licitações, eram beneficiados com superfaturamento de preços e podiam fazer aditivos à vontade, o que elevava ainda mais o valor das obras.
     A dinheirama, a princípio, era destinada à conta do tal PR e aos deputados do estado que ganhara a obra. O chefão do esquema, segundo a Veja, seria o deputado Valdemar da Costa Neto (SP), secretário-geral do partido, envolvido em diversas denúncias.
     Não há uma semana sem que o governo Dilma esteja envolvido, direta ou indiretamente, em um escândalo.

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