terça-feira, 29 de maio de 2012

Uma ameaça vazia

     O presidente do PT, Rui Falcão, tenta atropelar novamente a dignidade nacional. Segundo nos conta O Globo, o indigitado cidadão convocou a militância para defender a honra do partido e do seu líder maior, acusado de tentar chantagear ministro do STF para adiar o julgamento do Mensalão: "Vamos desbaratar mais esta manobra daqueles que querem desmoralizar o PT, o presidente Lula, com nítidos objetivos eleitoreiros", exortou, em vídeo, como se fosse possível chegar a um nível mais alto de devassidão.
     Esse personagem é recorrente em situações semelhantes. É mais um dos obreiros, aqueles personagens que se prestam a qualquer papel, por mais indecoroso que seja. Esquece que o país é outro, menos suscetível à chantagens, não só a tentada por Lula, mas a que o PT acena ao ameaçar colocar sua milícia nas ruas.
     No episódio do Mensalão, além da mediocridade e inexpressividade da Oposição, havia no ar o temor de um confrontamento, face à inegável popularidade do então presidente. Optou-se pela saída menos drástica, que preservou o mandato de Lula, mas sacrificou seu braço direito, José Dirceu.
     Não há mais espaço para essas manobras. As ameaças embutidas em determinadas convocações não transmitem qualquer temor. Apenas asco.

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