Um personagem deplorável da nossa história recente tem assumido um protagonismo impensável e absurdo. É ele mesmo, o ex-presidente Fernando Collor de Melo, atual senador (PTB-AL) e membro – pasmem! – da CPI que apura as escandalosas relações entre o contraventor Carlinhos Cachoeira, políticos, governos e empresas.
Primeiro presidente brasileiro cassado, acusado de ter dilapidado o patrimônio público, Collor tem usado as regalias do cargo para se vingar de quase tudo e quase todos que contribuíram, de algum modo, com sua defenestração do cargo que desonrou. Atacou o que chama de ‘mídia’, especialmente a revista Veja, jornalistas (que classificou de ‘rabiscadores’) e a liberdade de imprensa em geral.
Seu afã vingativo, no entanto, releva a participação do PT na sua derrocada. De ex-inimigo, transformou-se em parceiro do ex-presidente Lula, que derramou-se em elogios a ‘elle’. Seus alvos atuais são o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a subprocuradora, Cláudia Sampaio, mulher de Gurgel.
Quer levá-los à CPI de qualquer maneira, com o evidente propósito de interferir no julgamento dos 38 acusados de pertencer à quadrilha do Mensalão de seu companheiro Lula. Collor, assim como no seu nefasto governo, continua prestando um enorme desserviço à Nação.
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