quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um show de mediocridades

     Só há um interessado nas lamentáveis cenas ocorridas no plenário da CPI que investiga as atividades criminosas do contraventor Carlinhos Cachoeira e suas ligações escusas com parlamentares e governantes: o grupo de acusados. O destempero verbal de um insignificante deputado federal do PTB de Pernambuco, 'reagindo' à decisão do ainda senador Demóstenes Torres de ficar calado, como lhe porporciona a Constituição, destinava-se, claramente, às câmeras.
     Conseguiu, parcialmente, seu objetivo. De completo desconhecido, conquistou seus minutos de fama, de olho na repercussão em sua próxima campanha eleitoral. Estúpido e ignorante, não ofendeu apenas outro membro da Comissão, o senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, com palavrões, quando advertido sobre a necessidade de manter um comportamento digno. Esse personagem que se apresenta nefasto ofendeu o decoro já tão afetado do Congresso.
     A estupidez não é novidade no comportamento desse deputado (prefiro não citar seu nome). O jornal Folha de Pernambuco, em dezembro passado, noticiou o envolvimento de 'sua excelência' em mais um tumulto: invadiu os estúdios da Rádio Jornal, transtornado, exigindo espaço para defender seu filho, deputado estadual e ex-secretário de Turismo de Pernambuco, que renunciara ao cargo após ser alvejado por denúncias de irregularidades e superfaturamento.
     Em 12 minutos de exibição de truculência, atacou oposição, aliados e pediu a prisão de um prefeito pernambucano, além de garantir que seu filho querido seria candidato à Prefeitura de Recife, este ano.
     Não é de se estranhar, portanto, que tenha tido o comportamente histriônico destinado às manchetes. Ao desmoralizar a CPI, está, apenas, ajudando a libertar criminosos, assaltantes dos cofres públicos. Algo bem de acordo com o perfil de seus comapanheiros de legenda.

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