sexta-feira, 4 de maio de 2012

PT volta a lutar pela censura

     Rui Falcão, presidente nacional do PT - um personagem atrelado a conceitos deploráveis, defensor de mensaleiros, aloprados, cuequeiros e corruptos em geral encastelados no Poder há nove anos - voltou a atacar, seguindo, certamente, o roteiro determinado pelo partido. Há alguns dias, em mais uma iniciativa que beirou o cinismo, tentou desqualificar o julgamento do Mensalão do Governo Lula, o maior escândalo da nossa história recente.
     Hoje, segundo o Estadão, segue o roteiro da vigarice ideológica, anunciando uma caçada ao direito de livre expressão, de liberdade de imprensa. Quer trazer de novo ao debate a 'regulamentação' - censura, pura e simples - do que essa gente chama de 'mídia', bem no estilo estalinista. Para a companheirada, jornalismo bom é o praticado em Cuba, pelo Granma, aquele 'informativo' do Partido Comunista usado pelao população como substituto do papel higiênico que praticamente inexiste na Ilha.
     É mais uma demonstração da democracia, como é vista pelo PT e seus satélites menos brilhantes. O discurso seria risível - "a mídia é um poder que está conjugado ao sistema bancário e financeiro", vociferou, espalhando no ar um cheiro de naftalina -, se não contivesse uma ameaça sempre presente à liberdade.
     No sonho desse grupo que "assaltou os cofres públicos", segundo denúncia da Procuradoria Geral da República, nós ainda retrocederemos ao estágio de uma imensa Coreia do Norte, uma Cuba gigantesca, uma China maoísta que queimava livros em praça pública, uma União Soviética genocida. A fala desse senhor encobre, ainda, uma chantagem embutida no recado que está transmitindo: uma enorme pressão para controlar o noticiário sobre o julgamento da "quadrilha" chefiada pelo ex-ministro José Dirceu, segundo, ainda, a Procuradoria.
     Sem falar na manipulação das investigações da CPI que apura as relações escusas do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos de quase todos os partidos, governos estaduais, municipais e - especialmente - federal. Para esse arauto da dignidade desvirtuada pela prática, a CPI deveria ater-se, apenas, ao ainda senador Demóstenes Torres, do DEM, ao ainda governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e a ligações da tal mídia com o contraventor.
     A turma do PT e os seus aliados (PMDB, PCdoB, PMN, PDT e outros) ficariam de fora. As relações da construtora Delta, filha pródiga do PAC, também seriam ignoradas. Rui Falcão, talvez como nenhum outro, tem o perfil perfeito para presidir o partido que institucionalizou a corrupção no país. Ele, assim como seu mentor, o ex-presidente Lula, mostra que poderia andar de mãos dadas com o atual senador Fernando Collor, outro inimigo da liberdade.

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