sexta-feira, 18 de maio de 2012

Negando os fatos

     O deputado federal paulista Cândido Vaccarezza, do PT é claro, mostrou, mais uma vez, hoje, que é um fiel e aplicado discípulo do ex-presidente Lula, aquele que negou o Mensalão, absolveu mensaleiros, prometeu investigar e tentou corromper o julgamento da companheirada. Flagrado em troca de mensagens 'indiscretas'com o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), teve a audácia de negar o conteúdo, como se nós fôssemos idiotas.
     É a prática desenvolvida pelo PT ao longo dos últimos nove anos: negar, sempre - de preferência de maneira indignada, olhos rútilos, expressão cerrada -, sob qualquer circunstância, mesmo quando alguém é pego abrindo o cofre. Teoricamente, o sujeiro pode alegar que estava 'fechando', para evitar um assalto, mesmo que as notas escorram de seus bolsos. Tem sido assim.
     É o que, por exemplo, o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vem fazendo desde que o esquema do Mensalão foi exposto. É o que repete o deputado federal João Paulo Cunha (não há dúvida quanto ao partido, mas vamos lá: do PT de São Paulo), cuja mulher foi filmada recebendo uma bolada no caixa do Banco Rural.
     Pois Cândido Vaccarezza, com toda a desfaçatez, teve a coragem de afirmar à Veja que não há blindagem e que "a mensagem (na qual tranquilizava o governador fluminense, garantindo que ele não seria convocado para depor na CPI do Cachoeira) não tratava do Cabral nem da CPI". Segundo ele, "há várias questões, de alianças políticas no Brasil inyeiro, alianças eleitorais, várias coisas".
     É verdade. Não há dúvida. Há "várias coisas" acontecendo por esse Brasil. Quase todas merecedoras de cadeia para seus autores.

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