sábado, 31 de março de 2012

Coincidências petistas


     Esse tal de Jilmar Tatto, do PT paulista, líder do governo da Câmara, a cada dia contraria decididamente a essência do sobrenome. No caso da aprovação da Lei Geral da Copa, deu declarações estapafúrdias, bem ao estilo do seu partido e assemelhados. Agora, quando mais um ministro da presidente Dilma Rousseff vê-se envolvido em um escândalo, a prudência pediria algum comedimento nas palavras.
     Não foi o caso. Ao saber que seu colega de bancada e ex-ministro da Pesca, Luiz Sérgio (PT-RJ) admitiu um “malfeito” quando o PT pediu dinheiro a uma empresa catarinense que havia sido contratada pelo Planalto, para a campanha da então senadora e atual ministra das Relações Institucionais (???) Ideli Salvatti ao governo de Santa Catarina, apressou-se em repetir a vigarice retórica expelida ontem pelo diretório partidário.
    Segundo o Estadão, sem o menor tato, Jilmar disse que não houve o tal ‘malfeito’, já que o autor do pedido de um reforço de caixa foi o PT, e não Ministério da Pesca, que viria a ser ocupado, logo em seguida, por Ideli Salvatti, derrotada na sua pretensão eleitoral. Não satisfeito, disse que não havia problemas, pois a doação fora “voluntária.”
     Tem toda a razão. A empresa que ganhou de presente um megacontrato (para fabricar lanchas que jamais seriam usadas) deu R$ 150 mil porque quis. O PT - não foi a candidata e atual ministra - apenas passou a sacolinha, ‘coincidentemente’ em seguida à liberação de um pacotaço de dinheiro público. Também foi por ‘coincidência’ que o restante do pagamento do contrato tenha sido liberado assim que a ex-candidata assumiu a pasta da Pesca.
     Ninguém disse, também, que o dinheiro doado ao PT já estava embutido no preço das lanchas-patrulha. Uma espécie de comissão ‘por dentro’, paga pelo dinheiro dos nossos impostos. São apenas coincidências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário