segunda-feira, 5 de março de 2012

Emoções dominicais

     O primeiro episódio não poderia ter sido melhor, mais denso. Homeland (FX, domingos, 22 horas) tem tudo para reproduzir o sucesso de 24 horas e conquistar um público órfão de boas opções nas noites de domingo. Os personagens principais são fortes e a trama remete aos medos atuais, exarcebados após o 11 de Setembro.
     Um sargento americano do Corpo de Fuzileiros Navais, Nicholas Brody (interpretado por Damian Lewis) é resgato por uma equipe de comandos, depois de ser dado como morto e passar oito anos prisioneiro dos terroristas da Al-Qaeda. À euforia pelo resgate, contrapõem-se a desconfiança da agente Carrie Mathinson (Claire Danes), especialista em Oriente Médio cedida ao grupo de ações antiterror nos Estados Unidos.
     Carrie é a única a vislumbrar algo estranho na história de Brody e passa a investigá-lo, temendo que o sargento esteja, na verdade, a serviço da organização terrorista e planejando um ataque nos Estados Unidos, como havia sido alertada por um prisioneiro. A partir daí, idas e voltas no tempo jogam com o espectador, lançado no meio de interrogatórios, torturas e mortes.
     Temperando a ação, a beleza da brasileira Morena Baccarin, no papel de Jessica Brody, mulher do ex-desaparecido sargento e que tinha uma relação amorosa justamente com o melhor amigo do marido, o capitão Mike Faber, interpretrado por Diego Klattenhoff. Já no primeiro episódio, Morena mostrou uma boa parte dos seus - digamos - atributos artísticos.
     A série fez enorme sucesso nos estados Unidos no ano passado e conquistou diversos prêmios, entre eles o de melhor atriz dramática (Claire Danes). E é legendada. Nada desse absurdo que é a dublagem, artifício que vem sendo usado por alguns canais pagos.
     Para encerrar o domingo: ainda mal-refeito da tensão de Homeland, o espectador pode mergulhar no mundo ainda mais denso de Dexter (Michael C. Hall), o psicopata que mais vem atraindo fãs. No mesmo canal, às 23 horas. Haja sangue.

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