terça-feira, 27 de março de 2012

O sumiço do senador

     Gostaria de saber por onde anda o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Antes tão presente e disposto a acusar malfeitos, desapareceu e transferiu para seu advogado a tarefa de defender o indefensável. É a mesma tática usada pelos políticos em geral: escondem-se dos microfones e câmeras e ficam torcendo para alguma catástrofe - ou um novo escândalo - tirar o foco de cima deles.
     Eduardo Azeredo (PSDB-MG) usou essa tática à exaustaão, quando denunciado por praticar, em Minas, quando era governador, um esquema parecido com o Mensalão criado no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Já era senador e contou com a conivência de seua pares, que não o fustigaram como merecia. Caso abafado, canditatou-se a deputado federal, conseguiu se eleger e mantém um claro distanciamento dos holofotes.
     Talvez não seja tão fácil ao ainda senador Demóstenes Torres livrar-se da vergonhosa relação com o contraventor Carlinhos Cachieira, que está preso. O Senado, em especial, está sob a mira da Nação, revoltada com as mais recentes notícias cobre os gastos com a saúde dos nossos representantes e ex-representantes, cobertos integralmente pelos cofres públicos, numa afronta à população que pena em filas e corredores dos hospitais públicos.
     Ninguém chegou a falar nesse tema, mas o conjunto da obra me autoriza a lembrar que o mesmo Demóstenes Torres passou, recentemente, por um tratamento cirúrgico para emagrecer, provavelmente pago pela Casa.

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