quarta-feira, 7 de março de 2012

Futebol de quinta ...

     Não sei bem se é por saudosismo ou por impaciência com o futebol que vem sendo jogado pela Seleção Brasileira nos últimos anos. Mas não consigo entender como é que nosso futebol ainda pode estar entre os cinco melhores do mundo, atrás, apenas, da líder Espanha (atual campeã do mundo), Holanda, França e Uruguai.
     Leio no Estadão que 'subimos' dois degraus no ranking divulgado pela tal de Fifa - aquela entidade que zombou o quanto quis do governo brasileiro. Estávamos em sétimo e a ascensão foi creditada à vitória por 2 a 1 sobre a poderosíssima equipe da Bósnia, graças a um gol contra no final do jogo.
     Não posso levar essa notícia a sério. Apesar de ainda contar com alguns excelentes jogadores - apenas um é craque, Neymar -, nossa Seleção vem desapontando há muito tempo, graças a um futebol insosso, sem artes nem manhas, algo muito semelhante ao que podemos vislumbrar em qualquer equipe de terceiro escalão, sem tradição nem conquistas, como a nossa.
     Ou os critérios da Fifa são muito flexíveis, ou o futebol jogado no resto do mundo - excluindo Espanha, especialmente, é de péssima qualidade. Eventualmente, posso concordar com as duas hipóteses. Os espanhois estão sobrando na turma. Basta ver o desempenho de Barcelona e Real Madri, mesmo recheados de estrangeiros.
     No caso espanhol, a presença de craques de outros países, ao que parece, vem dando ao futebol nacional, além da técnica, a combatividade que sempre exigiu da sua seleção. Raras equipes nacionais podem dispor, hoje, de atletas do porte de Xavi, Iniesta, Pedro, David Villa, Xavi Ernandes, Pique e Xabi Alonso. E supreender o mundo com um jovem como Tello, que entrou, hoje, no segundo tempo na goleda do Barcelona sobre o alemão Bayer Leverkusen (7 a 1), pela Copa da Uefa, fez dois e deixou de fazer outros tantos.

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