sábado, 31 de março de 2012

Até tu, Stepan ...


     Já sabíamos da parceria, bem privada, entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e dois deputados federais, um do PSDB e outro do PP, ambos de Goiás, além – é claro – da sociedade em falcatruas com o ainda senador Demóstenes Torres, do DEM. A Folha nos revela, hoje, mais um escândalo: o também deputado federal Stepan Nercessian, do teoricamente insuspeito PPS carioca, também andou mergulhando na mais recente poça de lama que invadiu a política brasileira.
     Segundo ele mesmo confessa, recebeu uma ‘ajuda’ (R$ 160 mil) do amigo Cachoeira para comprar um apartamento (orçado em R$ 500 mil) e outra graninha por fora (uma bagatela de R$ 15 mil) para a aquisição de uma frisa no Sambódromo e festejar o carnaval à vontade. É claro que ele tem explicação para tudo: devolveu o dinheirão e usou o dinheirinho para comprar a tal frisa não para ele, mas para o amigo contraventor.
     Ao contrário de Demóstenes, o deputado tratou de pedir licença do partido assim que a notícia se espalhou pelo país. Insistiu, entretanto, na encenação - é um ator,não podemos esquecer - de uma justa revolta, pois garante que não se acha “um criminoso”.  Ele sabe que seu comportamento é, sim, criminoso. E talvez explique a demora dos congressistas em geral em agir contra o senador Demóstenes Torres.
     Há, nos céus de Brasília, uma nuvem de boatos que envolvem outros nomes nessa onda de vigarices proporcionada pelo conluio de muitas ’excelências’ com um dos muitos representantes do crime no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário