domingo, 11 de março de 2012

A oposição dos sonhos

     A Oposição brasileira é o adversário dos sonhos de todo governo incompetente politicamente, envolvido em escândalos e desprovido de personagens de carisma. Incapaz de encontrar um discurso que atenda às expectativas da população, que mobilize os cidadãos contra as seguidas e recorrentes demonstrações de fraqueza ideológica, consegue a proeza de atirar contra os próprios pés a cada instante.
     Agora mesmo, dois de seus líderes menos insignificantes, os senadores José Agripino e Demóstenes Torres, comprovam a teoria deletéria de que todos os políticos são iguais na mediocridade e falta de compromisso com a Nação. Uma tese, é fundamental destacar, que só interessa a projetos totalitários, que atropelam os poderes constituídos, graças à sua (dos poderes) mediocridade.
     O goiano Demóstenes Torres tropeçou nas amizades que cultiva. Descobriu-se que é amigo do condenado banqueiro do bicho Carlinhos Cachoeira, de quem recebeu presentes de casamento. Cachoeira foi um dos responsáveis indiretos pelas denúncias de corrupção ainda no primeiro governo Lula, em função de seu 'relacionamento' com Waldomiro Diniz, ex-diretor da Loterj e amigo do peito do petista cassado José Dirceu.
     Demóstenes, com seu histórico na Justiça (é advogado, promotor público e exerceu o cargo de Secretário de Segurança de Goiás) não tem o direito de alegar desconhecimento. Suas negativas soam inverídicas. A um senador da República não se permite esse tipo de liberdade particular.
     Já o presidente do Democratas, o potiguar José Agripino, surge no noticiário de hoje, em O Globo, como mais um a burlar a lei e usar recursos públicos para apadrinhar amigos ou amigos de amigos. No seu caso, pagava com verbas do Senado um funcionário que estudava no exterior. Nesse mesmo caso, há outro 'oposicionista, um senador desconhecido do PSDB.
     Imagino que não haverá comoção nas legiões oficiais, até por que há uma dúzia de dignos representes da 'base governista' (incluindo petistas, é claro) na lista de malandragens publicada por O Globo. Prevelace, no entanto, o sentimento de desilusão com nosso Congresso, onde praticamente todos têm o que esconder, ocultar, negociar.
     A uma situação amorfa, que luta apenas para ampliar a paticipação nos cargos em todos os escalões, contrapõe-se uma oposição que chafurda nos restos do butim.

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