terça-feira, 27 de março de 2012

Seja bem-vindo, Carlos Alberto!

     Fiquei feliz ao ver as imagens de Carlos Alberto participando do treinamento do Vasco ao lado dos demais jogadores. À vontade com os demais, foi cercado pelos torcedores, após o treino, para autógrafos e fotografias. Assim deve ser o futebol. Agora, só depende dele, da sua vontade, do seu caráter. Se não retribuir a expectativa do torcedor - maciçamente a seu lado -, que se vá, então.
     Carlos Alberto, o maior responsável pela volta à série A do futebol brasileiro, não foi afastado da equipe pelas atuações em campo ou problemas com o grupo. Houve uma discussão áspera com o presidente do clube, Roberto, o maior ídolo da história de São Januário, que estava no hora errada, no lugar errado - o vestiário, após mais uma derrota, ano passado (para o Boavista).
     O Vasco pagava - e pagava bem - a um profissional para intermediar os problemas entre atletas e direção. Roberto, ao insistir na punição, por tanto tempo, parecia esquecido das muitas adversidades pelas quais passou ao longo da sua carreira brilhante no Vasco. Ele, mais do qualquer um, sabe o quanto as derrotas mexem com o emocional de ídolos, de dirigentes e torcedores.
     Fico feliz por Carlos Alberto - que se declarou torcedor do clube -, pelo Vasco, por Roberto e por mim, que vou, afinal, poder apagar essa restrição que vinha nublando minha admiração de muitas décadas por um dos maiores artilheiros do futebol mundial.

Um comentário:

  1. Recebi de Paulo Sérgio Carvalho, um grande amigo e vascaíno, como eu, o comentário que publico abaixo:

    Grande Marco.
    Você sabe que sou leitor assíduo do seu blog, não apenas pela nossa velha amizade ou pelo belo estilo, mas também por concordar quase sempre com as suas opiniões, incluindo aí as políticas. Nesse caso da volta do Carlos Alberto, discordo inteiramente.
    Esse jogador está com 27 anos e foi revelado pelo Fluminense em 2002. Tem, portanto, nove anos de carreira. Nesse período, passou por nove clubes, num total de onze transferências. Se fizermos as contas, vamos concluir que o seu tempo médio de permanência em cada clube é de exatos 9 meses, ou seja: o cara não passa nem um ano, em média, no mesmo clube!
    Não quero dizer que seja um mau jogador, desprovido de recursos, pelo contrário. Acho que ele sabe jogar. O problema é esse temperamento difícil.
    Em 2009 ele era a estrela do time, agora, em princípio, será reserva. Um reserva que receberá em torno de 300.000 reais por mês. Espero que a influência de Juninho, Fernando Prass e outros mais equilibrados prevaleça. Do contrário, vamos voltar aos nossos piores dias, lutando para não cair.
    Gostaria, é claro, de compartilhar da sua alegria pela volta desse jogador. Mas, infelizmente, acho que ele, uma vez mais, vem para desagregar. Torço, nesse caso, para estar errado.
    Abraços do Paulo.

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