terça-feira, 31 de maio de 2011

Uma aventura caribenha - Capítulo 29

Terça-feira, 10/08/1999 - O libertador da América
     Manaus – Atravessar a Venezuela e não falar da fortíssima presença de Simon Bolívar seria uma grave falha histórica. Bolivar é, sem a menor sombra de dúvida, a grande figura desse país, seu indiscutível inspirador.
    Não há cidade sem uma estátua do homem que é considerado o libertador da América. O culto à sua imagem é cada vez mais acentuado. E isso ficou ainda mais claro a partir da ascensão ao poder do presidente Hugo Chávez, um indiscutível bolivarista (*).
    Simon Bolivar liderou, na primeira metade do século passado (ao lado de José de San Martin e José Sucre) as guerras de independência da América Espanhola. Sua participação foi decisiva na independência da Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru e Bolívia.
     Bolivar tinha dois sonhos: libertar a América do domínio espanhol e, paralelamente, torna-la uma só nação. Não conseguiu a segunda parte. A unidade hispano-americana não foi para a frente e a Gran-Colombia, que havia criado, dividiu-se em diversos países (Bolivar foi presidente da Venezuela de 1821 a 1828). Assim como o vice-reino do Prata, instituído por San Martin, acabou transformado na Argentina, Paraguai e Uruguai.
     Cansado, doente e, o que é pior, repudiado pelo povo que ajudou a libertar, Bolivar morreu em 1839, aos 56 anos.

(*) O texto toma como referência o momento vivido em 1999.

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