quarta-feira, 11 de maio de 2011

A greve dos inconsequentes

     No Rio, guarda-vidas (que pertencem ao Corpo de Bombeiros) largaram os postos de salvamento em sinal de protesto. Querem ganhar mais. Em Alagoas, greve de policiais militares e bombeiros inferniza a vida da população. Nada contra o direito de greve. Aliás, participei de algumas, há muitos e muitos anos. Movimentos de cunho político, quase sempre. Mas nem por isso vou deixar de destacar que acredito no conteúdo de uma frase que ouvi há tempos: quem anda armado não pode fazer greve, ou passeatas.      Se um bancário tenta impedir, ilegalmente, a entrada de clientes em uma agência, pode ser contido. Já um policial, mesmo que cometa os atos mais reprováveis, não tem que o confronte e enfrente. Ou, se tem, há o risco de uma batalha que certamente atingiria quem nada tem a ver com ela. O único caminho é a negociação com os governos, para discutir novas bases salariais ou ampliar a segurança. O fato de serem imprescindíveis é uma arma mais poderosa do que pistolas e revólveres.
     Talvez até mais do que as outras categorias de funcionários públicos, policiais têm um compromisso formal com a sociedade, à qual prometem servir. Abandonar praias em dias de ressaca e ruas à mercê de bandidos não é movimento, é irresponsabilidade.

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