sexta-feira, 6 de maio de 2011

Santa inocência

     Um grande empresário faz uma doação estratosférica à campanha de um candidato a deputado federal. O deputado é eleito, é claro. Algum tempo depois, a Justiça Eleitoral descobre o crime (há limites legais para doação particulares) e condena o doador a pagar multa de R$ 5 milhões. Inusitadamente, o empresário aceita a punição e pede, apenas, que a multa seja parcelada. Já o deputado, alega, candidamente, que houve apenas um erro administrativo, nada ilegal.
     A notícia está na página de Veja e envolve o líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo. Um representante do Partido dos Trabalhadores aquinhoado com um R$ 1 milhão a mais do que a Lei permite (pessoas físicas só podem doar até 10% do rendimento bruto do ano anterior). E, como sempre, foi tudo muito inocente. Ninguém sabia da irregularidade.

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