sábado, 14 de maio de 2011

Compêndio de sandices

     Eu sei que vivemos as consequências do que a história recente poderia chamar de a 'Era Lula', oito anos de mesmices pronunciadas diariamente por alguém que meu sogro - se vivo estivesse - classificaria como um 'analfabesta', expressão que cunhou para definir uma espécie de sobrinho vigarista, que nada sabia, mas sobre tudo opinava. Mas a mediocridade do Ministério da Educação extrapola os limites da tolerância, até mesmo para os padrões culturais dos atuais dirigentes brasileiros.
     A defesa que esse tal ministério fez das imbecilidades contidas no livro 'Por uma vida melhor', adotado oficialmente nas escolas de primeiro e segundo graus, tangencia a irresponsabilidade. Não há justificativa, por mais modernosa que pretenda ser, que absolva as teses contidas nesse compêndio de sandices, alvo de uma reportagem/denúncia no Jornal Nacional, da TV Globo.
     Usar a língua com "flexibilidade" não significa, em lugar algum, admitir impropriedades, como se fossem corretas. É claro que as pessoas podem dizer ou escrever "os livro", ou "os imbecil". Mas estarão falando e escrevendo de maneira errada. E isso, nas escolas, deve ser apontado, sim, de uma maneira que não iniba a participação, é evidente.
     Outra tese apresentada pelo mais inconsequente ministério da atual gestão, na defesa da sua opção pela nulidade, escande o que classifica de "pluralidade cultural". Erra na essência. Pluralidade cultural não significa multiplicação de erros, e sim, uma saudável diversidades no uso da língua portuguesa, nos costumes, na culinária, na moda, na música. Tudo o que faz o gaúcho ser reconhecido como tal, assim como o nordestino, o carioca, o mineiro, o pantaneiro, o índio. Que, enfim, molda o brasileiro.
     Valorizar a pluralidade cultural, ao contrário do que diz o ministério que deveria lutar pela educação e vem cometendo 'enems', uns atrás dos outros, não é sinônimo de preservar a ignorância.

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