sábado, 7 de maio de 2011

A recompensa pela lealdade

     Delubio Soares não voltou ao PT. Na verdade, ele jamais saiu da legenda, de fato. Continuou ativo e protegido, apenas fora dos holofotes. Como bom militante, aceitou pagar um preço simbólico pelo envolvimento no mensalão, o maior escândalo da história política brasileira. Suportou calado o sacrifício público a que foi submetido. Engoliu as verdades e acobertou os chefes, sabendo que seria recompensado em algum momento.
     Esse teatro montado na cidade de Buriti Alegre, distante 150 quilômetros de Goiânia, foi também mais uma agressão à inteligência da parcela pensante do país, um escárnio. Os exemplos anteriores de desprezo do PT pela dignidade estão aí, bem visíveis. Basta ver a influência do ex-deputado José Dirceu na vida pública (não apenas no partido) e a eleição de personagens como João Paulo Cunha, ambos réus em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.

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