segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte comemorada

     A morte de um criminoso do porte do terrorista Osama Bin Laden é um presente para o mundo, que fica livre de um psicopata incurável, um assassino desqualificado. Infelizmente, carrega com ela uma enorme ameaça que, por imprevisível, vai exigir dos países ocidentais, em especial, medidas radicais de controle e vigilância.
     Ao contrário do que se poderia supor, ao primeiro exame, o alvo imediato das inevitáveis retalizações deve ser a Inglaterra, a grande parceira dos Estados Unidos no combate ao terrorismo. Por uma razão que suponho simples: o controle das fronteiras europeias é menos eficiente do que o americano, pelas próprias características do continente, mais permeável e aberto à circulação entre os países.
     Esse fato, entretanto, não significa que o radicalismo boçal vá passar ao largo de países como a Alemanha, França e Itália, cujos governos são vistos, também, como inimigos. Outra consequência facilmente previsível será o incremento das ações terroristas no Afeganistão, Paquistão (onde Bin Laden se acoitava) e Iraque.
     A resposta ao clamor nacional contra o mentor do ataque às Torres Gêmes precisava ser dada - e a comemoração popular mostra bem o quanto os americanos esperavam por ela. E chegou num momento especialmente complicado para o presidente Barak Obama, que enfrenta sérios problemas internos que poderiam ameaçar sua reeleição.
     Com a execução de Osama, Obama mostrou que um democrata também sabe ser duro quando precisa.

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