quinta-feira, 5 de maio de 2011

Armado com o cérebro

     Acredito que o governo americano está com razão ao resistir à pressão e não divulgar fotos do terrorista e assassino Osama bin Ladem morto. Essa divulgação não alteraria o fato em si, que foi a morte do principal inimigo do mundo livre. Além do mais, poderia, sim, aumentar o sentimento de revolta dos seguidores e simpatizantes do ex-líder da Al Qaeda.
     Uma eventual liberação de fotografias serviria, de imediato, apenas, para incrementar a venda de jornais e revistas e aumentar a audiência das tevês. Quem duvida que ele tenha morrido não vai mudar de opinião. Basta lembrar o número de pessoas que ainda hoje garantem que o homem não chegou à Lua, que foi tudo uma montagem cinematográfica. Ou que acreditam que Elvis Presley ainda esteja vivo.
     Outra questão que me parece irrelevante: saber se ele estava armado, ou não. Bin Ladem não precisou empunhar armas para comandar a morte de quase três mil pessoas, nos atentados de 11 de setembro de 2001. Como não precisaria de uma pistola para continuar coordenando atentados em todo o mundo, vitimando, sempre, inocentes. Sua arma mais poderosa, e que estava sempre com ele, era o cérebro tortuoso, destruído - ao que consta - por um tiro certeiro.

2 comentários:

  1. Concordo. Não alteraria mesmo o fato de como ele morreu ou com quem estava.Não faz diferença.
    bjs

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  2. Essa reação faz parte da tal onda do politicamente correto, Patrícia. Faz sucesso, mas não me atrai. O mundo ficou muito melhor sem o Bin Ladem, não tenho a menor dúvida. Como? Não é relevante. Nesse caso, os fins justificam totalmente os meios.

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