segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma aventura caribenha - Capítulo 25

Ao fundo, um tepuy, marca registrada da Grande Savana


Sábado, 7/08/1999 - Na vizinhança do paraíso
     Gran Sabana, Parque Nacional Canaima, Venezuela - Um dia e uma noite passados na Grande Savana, ao sul da Venezuela, convenceram a todos nós que a região merece pelo menos uma semana de dedicação exclusiva para, ainda sim, ir embora com vontade de voltar.
     É bem verdade que o dia claro ajudou muito. Em primeiro lugar, por nos deixar contemplar seus imponentes tepuys, platôs remanescentes dos tempos mais antigos da terra e berço das dezenas de rios e cachoeiras espalhados por toda a parte. Nessa época do ano, com o período de férias mal começando aqui na Venezuela, a grande savana é um "privilégio" de poucos (para usar a palavra preferida do jipeiro João Marcos, substituto de João Carlos Nogueira na direção de uma das picapes.
     Nos grandes feriados e férias, as margens dos rios e os imensos campos, segundo garantem os locais, ficam repletos de barracas. Aliás, acampar é a grande pedida por aqui - quase a única. Há alguns hotéis, é verdade, mas sem capacidade para atender à justa demanda. Como a área é protegida contra tudo que possa desfigurá-la, o acampamento é a solução. Por isso, praticamente todos os veículos que trafegam pela rota que vai de Santa Elena de Uairén a Upata carregam tendas em seus bagageiros.
      Os rios são absolutamente limpos, como o que escolhemos para acampar de sexta para sábado. Há cursos d'água de todos os tamanhos. A Grande Savana, com seus 15 mil quilômetros quadrados, tem espaços para todos. Seria o paraíso, segundo a gente daqui, se não fossem o mosquito puri-puri e a Guarda Nacional, tão voraz e endêmica quanto os insetos que infestam a região.

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